O piano de cauda tem a armação e as cordas colocadas horizontalmente.
Necessita por isso de um grande espaço pois é bastante volumoso. É adequado para salas de concerto com tetos altos e boa acústica.
Existem diversos modelos e tamanhos, entre 1,8 e 3 m de comprimento e 620 kg.
Pode considerar-se um outro tipo de piano: o piano automático ou pianola. Trata-se de um piano com um dispositivo mecânico que permite premir as teclas numa seqüência marcada num rôlo.
Alguns compositores contemporâneos, como John Cage, Toni Frade e Hermeto Pascoal, inovaram no som do piano ao colocarem objetos no interior da caixa de ressonância ou ao modificarem o mecanismo. A um piano assim alterado chama-se piano preparado.
A Família Real Portuguesa trouxe o piano para o Brasil.
Teclado Pràticamente todos os pianos modernos têm 88 teclas (sete oitavas mais uma têrça menor, desde o lá0 (27,5 Hz) ao dó8 (4186 Hz)). Muitos pianos mais antigos têm 85 teclas (exatamente sete oitavas, desde o lá0 (27,5 Hz) ao lá7 (3520 Hz)). Também existem pianos com 8 oitavas, da marca austríaca Bösendorfer.
As teclas das notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) são brancas, e as teclas dos acidentes (dó #, ré #, fá #, sol # e lá # na ordem dos sustenidos e as correspondentes ré b, mi b, sol b, lá b e si b na ordem dos bemóis) são da cor preta.
Todas são feitas em madeira, sendo as pretas revestidas geralmente por ébano e as brancas de marfim ou material plástico.
Pedais
Os pianos têm geralmente dois ou três pedais, sendo sempre o da direita o que permite que as cordas vibrem livremente, dando uma sensação de prolongamento do som. Permite executar uma técnica designada legato, como se o som das notas sucessivas fosse um contínuo.
Compositores como Frédéric Chopin usaram nas suas peças este pedal com bastante freqüência.
O pedal esquerdo é o chamado una corda. Despoleta nos pianos de cauda um mecanismo que desvia mũito ligeiramente a posição dos martelos. Isto faz com que uma nota que habitualmente é executada quando o martelo atinge em simultâneo três cordas soe mais suavemente pois o martelo atinge sòmente duas. O nome una corda parece assim errado, mas nos primeiros pianos, mesmo do inventor Cristofori, o desvio permitia que apênas uma corda fosse percutida. Nos pianos verticais o pedal esquêrdo consegue obter um efeito semelhante ao deslocar os martelos para uma posição de descanso mais próxima das cordas.
O pedal central, chamado de sostenuto possibilita fazer vibrar livremente apênas a(s) nota(s) cujas teclas estão acionadas no momento do acionamento dos pedais. As notas atacadas posteriormente não soarão livremente, interrompendo-se assim que o pianista soltar as teclas. Isso possibilita sustentar algumas notas enquanto as mãos do pianista se encontram livres para tocar outras notas, o que é mũito útil ao realizar, por exemplo, passagens em baixo contínuo. O pedal sostenuto foi o último a ser incrementado ao piano. Atualmente, quase todos os pianos de cauda possuem esse tipo de pedal, enquanto entre pianos verticais ainda há mũitos que não o apresentam. Mũitas peças do século XX requerem o uso desse pedal. Um exemplo é “Catalogue d’Oiseaux”, de Olivier Messiaen.
Em muitos pianos verticais, nos quais o pedal central de sostenuto foi abolido, há no lugar do pedal central um mecanismo de surdina, que serve apenas para abafar o som do instrumento.
Recentemente os chamados pianos elétricos passaram por uma grande evolução. Têm exatamente o mesmo número de teclas do piano acústico e aproximam-se cada vez mais do seu som. Mũitos possuem ainda sons de outros instrumentos musicais, como os teclados eletrônicos. O ‘som’ do piano elétrico é na verdade uma gravação do ‘som autêntico’ de um piano, por isso, cada vez que se toca uma tecla, o ‘som’ é reproduzido em teclas chamadas de ‘sensitivas’, pois simulam a intensidade sonora do piano convencional.
É de referir que um piano normalmente fica, pelo menos, ligeiramente desafinado quando é transportado ou quando é sujeito a fortes correntes de ar.